20/07/2020

Animaseg quer criar frente parlamentar no Congresso Nacional

A COVID-19 trouxe muitos desafios para o mundo, entre eles, a falta de Equipamentos de Proteção Individual.

A pandemia trouxe muitos desafios para o Brasil e para o mundo. Entre eles, principalmente quando os casos de Covid-19 começaram a aumentar no país, a falta de Equipamentos de Proteção Individual. Profissionais da saúde e de outras atividades essenciais se viram sem insumos básicos para evitar o contágio, como máscaras PFF2. Garantindo que o mercado nacional tem capacidade para atender a alta demanda gerada pelo combate à Covid-19, a Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho aponta que os principais motivos que geraram a falta dos EPIs no mercado estão relacionados à falta de conhecimento e articulação do Governo com seus próprios organismos e com a Animaseg.

Em busca de uma solução para futuros problemas que possam voltar a acontecer, a entidade anunciou que pretende criar uma Frente Parlamentar dos EPIs e de Segurança e Saúde no Trabalho no Congresso Nacional. “Já temos a intenção de participação de cinco deputados federais, estamos realizando reuniões com eles e incentivando nossos associados a contatar os deputados federais de suas regiões para ampliar as adesões”, adiantou o diretor executivo da entidade, Raul Casanova.

Em busca de uma política estratégica que inclua, não somente o produto final, mas também seus insumos e qualificação de mão de obra, alguns dos objetivos da Frente são:

  • Instituir o PES (Produto Estratégico de Segurança), destinado ao uso individual ou coletivo, que pela dificuldade de obtenção ou imprescindibilidade, seja estratégico para a defesa dos trabalhadores das áreas essenciais para o país. Para estes produtos a frente irá propor que haja condições específicas como: planejamento estratégico governamental para a indústria do setor; política fiscal específica; oferta de linhas de financiamento; manutenção da estrutura de matérias-primas estendendo os benefícios do PES a estas; formação de clusters com os benefícios para competir em pé de igualdade no mercado global;
  • Elaborar política específica para garantir que empresas brasileiras possam atender ao mercado brasileiro e latino americano;
  • Implementar barreiras técnicas e sociais para a entrada de produtos estrangeiros com exigências equivalentes às impostas para as empresas nacionais: (normas técnicas, impostos, condições de trabalho, direitos civis, exigências ambientais, etc.);
  • Adotar barreiras tarifárias (imposto de importação e limites de importação) visando garantir fornecimento de empresas brasileiras no mínimo estratégico.

Com a missão de levar o tema Segurança e Saúde do Trabalho para discussão no Congresso e criar uma política específica para o fomento da indústria de EPIs, Casanova pontua a necessidade de um esforço coletivo. “Precisamos da união de todos os atores de nosso setor, não somente para colaborar na composição dessa Frente Parlamentar, mas também para dar os instrumentos necessários para que essa seja atuante a partir de sua formação”, finaliza.

 

Fonte: Revista Proteção