07/02/2020

Coronavírus - O que se sabe até o momento

O mundo está de olho em um novo vírus que já registrou mais de 20 mil casos e 426 mortes em pouco mais de um mês. O coronavírus está atraindo a atenção do mundo inteiro com o risco de uma epidemia. Mas o que se sabe até agora sobre a doença?

A rápida disseminação do novo coronavírus na China – com mais de 20 mil casos e 426 mortes registrados em pouco mais de um mês – e o risco de pandemia em todos os continentes levaram a um alerta global da Organização Mundial de Saúde (OMS), contendo uma série de instruções e procedimentos para prevenir o avanço da doença. Outros 24 países já apresentam casos ou suspeita da doença, incluindo o Brasil, com 14 pacientes em observação.

Os coronavírus (CoV) formam uma família viral extensa e são conhecidos desde os anos 1960. Provocam doenças respiratórias leves a moderadas e podem ser confundidas com um mero resfriado. É o 2019-nCoV, variação até então pouco conhecida e mais agressiva, que tem alarmado o planeta. 

O primeiro caso foi registrado próximo ao mercado de frutos do mar em Wuhan, na região central da China. Apesar de o vírus ter surgido primeiramente em animais, a transmissão do coronavírus já se dá de pessoa para pessoa. Segundo especialistas, o contágio pode ocorrer ainda na fase incubação do vírus (assintomática), com duração de até 14 dias.

Febre alta, tosse, diarreia e dificuldade para respirar são os principais sintomas da doença. Em casos mais graves – que alcançam de 15% a 20% dos pacientes – avança para pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave, males que podem levar à morte. Até o momento, o novo coronavírus tem se mostrado uma forma menos letal do que o SARS e o MERS.

Conversar sobre o tema no ambiente de trabalho vai ajudar a sanar dúvidas e evitar clima de pânico infundado. Promover palestras com especialistas, intensificar a comunicação interna em torno de medidas de prevenção e observar a importância de cuidados básicos com a saúde são sempre aconselháveis. 

Quanto mais informados os colaboradores, menos motivos para fake news e medo. Como não há casos confirmados no Brasil, é bom que fique claro a todas as equipes que não há ainda razão para mudanças na rotina da empresa, com adoção de home office, férias coletivas ou outras medidas sem qualquer fundamento diante do atual cenário no país.

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma lista de precauções básicas que podem reduzir o risco geral de contrair ou transmitir não só o novo coronavírus, mas também outros tipos de infecções respiratórias agudas. Nesse caso, a empresa tem uma boa oportunidade de chamar a atenção para a vacinação contra o H1N1 e outros tipos de gripe.
 

Como prevenir a doença?

– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Lavar frequente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e garrafas.
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
– Beber bastante líquido e cuidar da alimentação para que não haja queda da imunidade.
– Ir ao médico aos primeiros sintomas. O diagnóstico é realizado pela coleta de materiais respiratórios.
– Por se tratar de uma variação do coronavírus, ainda não existe vacina ou tratamento específico para a doença. Os procedimentos são adaptados conforme os sintomas de cada paciente.
 

Entenda o que é emergência global

Uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês) é uma declaração formal da OMS sobre o risco real à saúde da humanidade mediante a disseminação de uma epidemia. O protocolo requer uma resposta internacional rápida e coordenada para evitar que a doença se espalhe.

Segundo o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), do qual o Brasil é signatário, os países devem atender às recomendações e práticas publicadas pelo documento de emergência. Governos e autoridades devem organizar e colocar em prática planos de ação para conter a ameaça sanitária. As declarações são temporárias e passam por reavaliação a cada três meses.

 

Fonte do parceiro RHMED | RHVIDA