Cerca de 96,8% dos casos de suicídio são relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas.
Todos os anos são registrados mais de 13 mil suicídios no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. E os jovens representam uma parcela cada vez maior dessa triste realidade. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio são relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas.
O que é o Setembro Amarelo?
A campanha Setembro Amarelo surgiu em 2014, criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), com o objetivo de combater o suicídio no País.
Diversos fatores podem impedir a identificação precoce do problema e, consequentemente, reduzir as chances de prevenção ao suicídio. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos que devem ser levados em conta. Por isso, é importante saber mais sobre o assunto e abordá-lo adequadamente, para garantir que uma vida seja salva no futuro.
Para entender um pouco melhor o problema do suicídio na sociedade, é preciso combater a desinformação e desmistificar alguns mitos sobre o assunto. Por exemplo, quando se fala que o suicídio é uma decisão individual e que cada um tem direito de exercitar o livre-arbítrio.
É preciso entender que os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre-arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante para prevenir o suicídio. Após o tratamento da doença mental, o desejo de tirar a vida, desaparece.
Atento aos sinais
Sobre o comportamento do suicida, muitos podem acreditar que pessoas que ameaçam tirar a própria vida não farão isso porque querem chamar a atenção. Isso não é verdade, pois a maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de como agirião ao realizar o ato. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, aos profissionais de saúde, seu desejo de tirar a sua própria vida, frequentemente.
Mas se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviada simplesmente por ter tomado essa decisão.
E o sinal deve ficar ligado até mesmo quando um indivíduo sobrevive a uma tentativa de suicídio. Isso não quer dizer que ele está fora de perigo, pelo contrário, já que um dos períodos mais perigosos é quando a pessoa está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando ela ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um momento de fragilidade. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.
Falar ou não falar sobre suicídio?
Falar sobre o assunto não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre essa pauta pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar o tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa querer se suicidar ; ao contrário, é fundamental dar informações e suporte à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.
Fonte Medley