28/09/2022

Entenda o que é e como calcular o Número de Prioridade de Risco (RPN)

Essa metodologia pode ser aplicada em diversas áreas, como análise de processos, projetos, manutenção, administrativa e outras.

O Número de Prioridade de Risco (RPN, do inglês Risk Priority Number) é um dos principais pontos da FMEA (Failure Mode and Effect Analysis, ou seja, Análise de Modos de Falha e seus Efeitos).

Essa metodologia pode ser aplicada em diversas áreas, como análise de processos, projetos, manutenção, administrativa e outras, sempre com o objetivo de entender as causas e efeitos de possíveis falhas dentro da empresa e evitar que elas aconteçam.
 

O que é o Número de Prioridade de Risco?

O RPN determina a ordem de prioridade de intervenção nas falhas que são identificadas com a aplicação do método FMEA, conforme mencionado acima.

Por esse motivo, se torna um importante cálculo dentro da aplicação da FMEA e, consequentemente, extremamente importante para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.

Para calcular o RPN, primeiro devemos entender alguns pontos. O primeiro deles é que, antes de tudo, deve-se identificar os possíveis modos de falha do ambiente de trabalho. Por exemplo, em determinado processo existem x pontos que poderiam falhar. Além disso, deve-se descrever os efeitos e causas dessa falha.

Essa etapa deve ser realizada por profissionais especializados e gestores. Depois disso, podemos partir para a análise dos riscos de cada modo de falha, indicando a gravidade da falha, a probabilidade dela acontecer e o quão fácil é a detecção numa escala de 1 a 10. Veja abaixo!

  • Gravidade do problema (G): 1 representa “nunca” e 10 é “sempre”
  • Probabilidade de ocorrência (O): 1 representa “nunca” e 10 é “sempre”
  • Probabilidade de detecção da falha (D): 10 representa “nunca” e 1 é “sempre”

A partir dos números obtidos é possível fazer o cálculo do RPN, ou seja, classificar os modos de falha de acordo com a ordem prioritária. Quanto maior o número resultante, mais crítica é a falha e, consequentemente, mais rápida deve ser a ação corretiva.

A fórmula utilizada é: G x O x D = RPN.

Exemplo prático cálculo do RPN

Considerando a montagem de um produto, vamos supor que sejam identificados dois modos de falha: vibração excessiva e falha de isolamento.

Vibração excessiva: 5 X 6 X 5 = 150. Com base nas análises, a ação corretiva pode ser uma análise de vibração mensal no equipamento em questão.

Falha de isolamento: 1 X 3 X 5 = 15. Com base nas análises, a ação corretiva pode ser um ajuste no isolamento do equipamento.

Com base nos cálculos, podemos concluir que o modo de falha de vibração excessiva deve ser prioridade para melhoria dentro da empresa. Quanto maior o Número de Prioridade de Risco, mais prejudicial é o modo de falha e mais rápido deve ser corrigido.

Esse foi apenas um breve exemplo, mas que pode ser aplicado em todos os processos no ambiente de trabalho, garantindo ainda mais a saúde e segurança dos trabalhadores.

 

Fonte:
Por João Marcio Tosmann
Revista Cipa