Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri afirmou que país enfrenta aumento expressivo no número de casos de Covid-19
Em meio à circulação de uma nova subvariante do coronavírus, o Brasil enfrenta um aumento significativo no número de casos da Covid-19. Na semana encerrada no sábado (12), as infecções apresentaram uma alta de 134% em relação aos sete dias anteriores, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
A subvariante BQ.1, da Ômicron, carrega mutações em pontos importantes do vírus, o que pode estar associado a uma maior transmissibilidade.
Especialistas apontam que hábitos como o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social, que se tornaram populares como medidas de prevenção à doença, devem ser reforçados em períodos de maior circulação viral.
Além de reduzir os riscos de transmissão da doença, as ações contribuem para proteger principalmente indivíduos mais vulneráveis ao vírus, como idosos acima de 70 anos de idade, imunossuprimidos e gestantes.
Em entrevista à CNN neste domingo (13), o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destacou estratégias necessárias diante da alta de casos.
O especialista explicou que o cenário epidemiológico pode ser explicado por um conjunto de fatores, além da circulação da nova subvariante no país.
“A BQ.1 que é a variante que está circulando mais no Brasil agora encontrou um ambiente favorável: muitas pessoas já sem usar máscara, sem utilizar distanciamento, baixa vacinação de populações com a terceira dose – 60% somente da população elegível tomou a terceira dose, e um tempo decorrido desde a última grande vacinação em massa acima de seis meses. Essa é a condição ideal de vermos surgir um aumento de casos como estamos vendo agora”, disse.
No sábado (12), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo à população, em publicação no Twitter, pela adesão aos reforços contra a doença.
“Quero lembrar também que mais de 69 milhões de brasileiros não tomaram a primeira dose de reforço contra a Covid-19. Já 32,8 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram”, disse o ministro.
Fonte: CNN Brasil