O mês de julho chama a atenção sobre a saúde de profissionais que atuam no contexto empresarial, o que deve ser uma preocupação constante das organizações.
Os acidentes de trabalho, que podem ocorrer dentro da jornada laboral ou no deslocamento entre a residência dos colaboradores e o local da prestação de serviço, são responsáveis por muitos casos de afastamento, além de prejudicarem o desenvolvimento de determinados serviços ou empreendimentos. O dia 27 deste mês é dedicado a falar sobre o assunto e destacar sua importância neste contexto, chamando a atenção de todas as esferas envolvidas, para atuar conjunto para alcançar boas estratégias de prevenção.
Um levantamento do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, realizado pelo Ministério Público do Trabalho, a Organização Internacional do Trabalho e órgãos do Governo Federal, revelou que só em 2022, o Brasil registrou 612,9 notificações de acidentes relacionados a jornada profissional. Já o número de óbitos chegou a 2,5 mil. As estimativas apontam que São Paulo está entre as localidades com o maior índice de ocorrências, sendo mais de 51 mil notificações. Na sequência estão o Rio de Janeiro superando os 18 mil e Belo Horizonte, com 11 mil registros.
Cuidados com a saúde
A área de saúde lidera o ranking com 59 mil casos nas atividades de atendimento hospitalar, sendo 36 mil profissionais de enfermagem atingidos pelos problemas ocupacionais. A especialista em fisiologia do exercício, Bianca Vilela, reforça a importância de métodos que possam ser realizados nas empresas, com o objetivo de proporcionar maior qualidade de vida, que possam resultar em melhor desempenho dos profissionais.
“Esse é um aspecto muito importante que não pode ser ignorado. Por isso tenho desenvolvido métodos e ações que possam atender esses profissionais da melhor forma, no ambiente em que atuam, para alcançar bons resultados no que tange à saúde e qualidade de vida. Entre as ferramentas que temos disponíveis e podem auxiliar no bem-estar dos colaboradores estão treinamentos para flexibilidade, mapeamento de como estão esses profissionais e uma integração com a área de segurança do trabalho em cada empresa”, explica.
Com mais de 200 empresas já atendidas neste contexto, a fisiologista elenca alguns pontos que podem contribuir para que o desenvolvimento de cada um dos envolvidos no cenário.
“Comportamentos adequados fazem parte de uma engrenagem, que não depende só do colaborador, mas também do cenário no qual ele está inserido. É a partir disso que é possível entender que mecanismos precisam entrar em prática, para evitar danos e doenças que possam ser desenvolvidas, por excesso de trabalho ou posturas inadequadas. A segurança é um pilar essencial, mas para isso é preciso a conscientização de ambos os lados e uma busca por novos comportamentos que estimulem a produtividade. Alguns pontos que também podem contribuir para que esse profissional atue sem danos a sua jornada é ter boa alimentação, sono equilibrado e uma ergonomia adequada ao espaço de trabalho, que pode reduzir desconfortos e dores futuras”, pontua.
Fonte: Cipa&Incêndio
