O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como protetores auriculares, emerge como uma medida essencial.
Sabemos que é de extrema importância estarmos em dia com a saúde e quando o assunto é saúde auditiva no ambiente de trabalho, esse quesito é também eficaz. Porém, o cenário é mais ruidoso que pensamos: segundo estudo publicado em 2022 na plataforma acadêmica Scielo, as notificações de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) no Brasil chegaram a 7.819 casos, entre os anos de 2006 a 2019.
De acordo com a advogada Antonia de Maria Ximenes Oliveira, em artigo ao site Migalhas, a Norma Regulamentadora 15 estabelece os limites de pressão sonora considerados insalubres, como os 85 dB para uma jornada de 8 horas, com redução proporcional ao aumento da intensidade do ruído. “A implementação de ações preventivas é crucial para mitigar esses riscos. O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como protetores auriculares, emerge como uma medida essencial. Além disso, práticas de controle de ruído no ambiente de trabalho e a conscientização sobre a importância da preservação auditiva são fundamentais para promover ambientes laborais mais seguros e saudáveis”, salienta.
Medição acústica para ruído
Dia 24 de abril é Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, lançada em 1996 como International Noise Awareness Day (INAD), e que tem o intuito de conscientizar a população sobre o ruído excessivo e suas consequências negativas para a saúde física e menta. Vale lembrar que o ruído é uma forma de poluição sonora ambiental muitas vezes subestimada, causando estresse, distúrbios do sono e até problemas cardiovasculares.
Para Marco Aurélio de Paula, engenheiro acústico e fundador da GRM Acústica, empresa especializada em soluções para essa área, o ruído é algo invisível, porém os incômodos produzidos são muito perceptíveis. “O mais importante é que seja feita uma avaliação capaz de mostrar com embasamento técnico qual a situação verdadeira naquele ambiente, indo além do simples relato de cada pessoa, sujeito à sensibilidade de cada um – ou da falta dela”, completa.
Para tal avaliação, deve-se contratar um engenheiro especializado que possa verificar as condições acústicas dentro das empresas e também a produção de ruído no entorno, sendo os emitidos de equipamentos internamente ou mesmo os ocorridos fora da organização, a fim de recomendar sistemas acústicos adequados.
Por meio das medições específicas, como acústica, de vibrações, ou mesmo um mapa de ruídos, é possível realizar as adequações: “Com o apoio técnico tanto na parte operacional, em projetos, especificações, fiscalização e execução de obras, quanto na jurídica, e mesmo para obtenção de certificados, é possível otimizar esses critérios”, finaliza.
Foto: GRM/divulgação
Fonte: Revista Cipa